Total de visualizações de página

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um grito de socorro


O medo aprisiona a alma e, cruelmente, a corroi em segundos, que parecem mais com séculos. 
Ela pede socorro, quer se libertar.
Diante de tantas situações lhe proporcionadas durante a vida, ela sente-se impotente, incapaz de, sequer, movimentar-se, o que a faz adormecer aos poucos pelo cansaço que a consome.
Outra vez acorda. Luta. Sangra. Mas seus sentimentos, por algum motivo, não se convertem em palavras ditas. 
Mais uma vez sente-se perdida.
- O que faço? , pergunta aflita numa incessante perturbação.
Não encontrando respostas, decide seguir.
Percebe que quando chega num certo ponto a estrada bifurca-se. Novamente sofre, mas dessa vez ajoelha-se e chora. Suas lágrimas ao tocarem o chão, congelam. Seus sonhos são esquecidos. Seus desejos viraram mera vontade. 
Está sozinha. Ninguém a escuta. Ou melhor, tapam os ouvidos. Ela entra em desespero. O som de seus gritos misturam-se ao som do vento.
Ela tem acesso de loucura! Ela se retorce! Ela corta os pulsos! Ela o descontrola! Ela o mata!
- Não quero mais viver dentro de ti., diz em prantos, Tu me aprisionas, tu me matas aos poucos. Eu quero poder ser livre. Eu preciso! Eu necessito!
- Se não quiseres me deixar, eu te imploro: Deixa-me viver! Deixa-me te ajudar! Deixa-me te consolar!
Tarde demais.
O chão se abre. O mesmo a faz estar à beira de um abismo.
Enxerga uma luz e sente medo. Uma mão toca-lhe o ser. Fecha os olhos e adormece. 
Quando desperta percebe que não mais está possuindo algo, mas não entende o que aconteceu.
O tempo passa e num dos encontros com a verdade nota que se libertou, só que, após mais algum tempo, nota que ainda não era sua hora de estar ali, e sim que a anteciparam por ter estimulado a covardia do corpo influenciado pelos impulsos da carne.
Cruel! Sim! Cruel! 
A sensação de abandono volta e ela, outra vez, se transforma em dor. O que não sabe é que agora esse sofrimento, essa angústia que toma seu ser é para toda a eternidade, porque, infelizmente, teve pressa.

Então, por favor, não se entregue antes de lutar. 
Vá! E não deixe o medo ou a covardia te arruinar. Eles são traiçoeiros.

A alma chora



Às vezes, procuramos entender tantas coisas que acontecem em nossa vida.
O tempo passa e acabamos percebendo que essas coisas são apenas sentidas. Sentidas de tal forma que possam fazer-nos entender o porquê de acontecerem.
Na verdade, essas coisas são indescritíveis. Não se pode explicá-las com palavras. Só os sentimentos as entendem.
É dentro desse abstracionismo, muitas vezes cruel e fulminante, que nos encontramos por muitas vezes, e nos damos conta de quem realmente somos por dentro. Ou não. Nos perdermos mais ainda.
Muitas vezes nos indagamos, sempre atrás de explicações para tal.
O fato é que nunca encontramos. Por mais que peçamos ajuda através de um grito de socorro quem vem da alma, não encontramos.
Portanto, o que nos resta é apenas aceitar que todos nós, sem exceção, temos dois lados, duas faces que podem ou não estar em harmonia.

Talvez não seja apenas saudade .



Sentir falta daquilo que um dia nos fez bem é muito bom. Aliás, bom é pouco. É ótimo! 

Lembrar das amizades antigas e novas é o melhor momento que se tem para refletir sobre as atitudes daquelas pessoas que viveram ao teu lado por um bom tempo. Tu acabas percebendo que não se dava conta do quão eram importantes para ti.
O mais engraçado é que quando estamos vivendo esse momento, percebemos que naquele tempo não tínhamos a noção de que um dia cada um teria que seguir seu caminho. Cada um teria que partir para um lado. E...Irem atrás de seus sonhos!
Hoje, não tem como não pensar nisso e, sequer, não sentir uma certa angústia no peito, como se tivessem te tirado algo/alguém para sempre. 
Realmente, coisas boas, pessoas boas, momentos bons, fazem falta. Mas fazem falta para aqueles que puderam conviver de jeito único e aproveitar do jeito que deveria ser aproveitado, ou não, sendo que, cada um a sua maneira.
Talvez possamos nos encontrar lá na frente. 
É...Podemos sim! 
E talvez nem ser aquele abraço de como quando nos encontrávamos no colégio.
Posso estar enganada. Boas amizades sempre duram mesmo à longas distâncias e mesmo que se passem anos e anos sem ver aquela pessoa. Aquela pessoa! Que, numa época remota, fez dos teus dias um dos melhores que poderiam ser.
Ninguém mais brinca ou briga. Todos têm os seus objetivos e metas a serem atingidas. Todos estão maduros. Ou não, mas com seus modos de pensar consolidados. Ou não. Todos têm o livre arbítrio de acreditar naquilo que acha ser o correto, e têm lá os seus conceitos sobre o que é errado.
Queria muito saber se todos, como eu, chegaram, um dia, a sentir isso. 
Não é algo que eu possa definir com uma palavra ou tentar explicar com frases ou textos. É algo abstrato. Só pode ser sentido. E por isso lhes pergunto: "Já sentiram isso algum dia?". 
É diferente. É estranho. É a primeira vez!
Ter dúvidas se terá ou não algo que se quer muito, é ruim.
Uma das únicas certezas que tenho é a de que sinto saudade. Muita saudade!
Terei boas lembranças. Apenas boas. Somente boas. Sempre!
Obrigada àqueles que me fazem bem!